quinta-feira, 16 de junho de 2011

Camarão na maré do centenário

Por José Mauro de Alencar

O sanfoneiro Mestre Camarão visitou o Memorial Luiz Gonzaga na manhã desta quinta-feira, 16.06.2011, onde fez umas gravações para o especial do centenário de Luiz Gonzaga, produzido pela Rede Globo. 


Leiam o que diz o musicólogo Ricardo Cravo Albin sobre Camarão : “Filho de um agricultor e safoneiro, começou a tocar ainda criança. Treinando escondido, em pouco tempo conseguia tocar a toada "Maria Bonita" que era sucesso nos forrós no final da década de 1940. O pai, quando ouviu o filho tocar, pulou de alegria e o incentivou a seguir a carreira artística já na infância. Em 1960, ingressou na Rádio Difusora de Caruaru, na qual conviveu com grandes nomes da música popular brasileira como Sivuca e Hermeto Pascoal. Foi nessa época que ganhou o apelido que o consagraria. Um dia, estando atrasado para o programa, chegou correndo na Rádio e o compositor Jacinto Silva que o viu chegar como o rosto todo vermelho falou: "Pronto, chegou o Camarão". A partir daí passou a ser conhecido como Camarão. Na  Rádio Difusora de Caruaru, criou o Trio Nortista, que foi seu primeiro grupo musical. Em 1962, foi contratado pela gravadora pernambucana Mocambo e lançou seu primeiro disco, um 78 rpm com o arrasta-pé "Arrasta-pé no Jucá", de sua autoria, e o xote "Choradeira", parceria com Onildo Almeida. Em 1963, gravou os forrós "Cabra da peste" e "Fungado bom", de sua autoria. Em 1965, participou da coletânea "Forró do Zé do Gato" da gravadora Mocambo, interpretando os forrós "Seu Vargulino" e "Polquinha no Agreste", ambos de sua autoria. Dois anos depois, participou da coletânea "Viva São João - VOL. 4", também da gravadora Mocambo, interpretando o "Arrasta-pé no Jucá", de sua autoria e o xote "Choradeira", parceria com Onildo Almeida. Em 1967, fez parte da coletânea "Nordeste Cabra da peste" da Mocambo, interpretando os xotes "Cabra da peste" e "Fungado bom", de sua autoria. Em 1969 e 1970, teve dois LPs produzidos por Luiz Gonzaga na RCA Victor. Em 1976, gravou pelo selo Tropicana/CBS o LP "Forró no palhoção - Camarão e Seu Acordeom", interpretando, de forma instrumental, doze xotes de sua autoria: "Forró do Ivan"; "Não atrapalha"; "Forró no Palhoção"; "Cala boca Paulina"; "Forrozinho moderno"; "Quadrilha Bossa Nova", "Diferente", "Manhoso", "Relembrando cacho de coco"; "Briga de galo"; "Vou tomar cuidado" e "Canto da siriema". Em 1977, participou da coletânea "Sorte", um lançamento independente, contendo gravações com as versões musicais dos jingles usados pela Caixa Econômica Federal, na divulgação das extrações da Loteria Federal, com a participação de diversos artistas. Nesse disco registrou com Tavito o jingle "Extração de São João", de Mariozinho Rocha e Paulo Sergio Valle. Em 1978, participou do LP "Forró picado", do selo Itamaraty/CID, interpretando os forrós "Tex", com Solon Cabral, e "Forrozando", com Rato de Hi / Fi. Em 1998, lançou o CD "Camarão plays forró". Em 2000, em comemoração ao seus 50 anos de carreira, lançou o CD "Forrofando em Caruaru". Fundou a escola de música "Acordeom de Ouro" em Caruaru, onde passou a lecionar. Formou entre outros, os músicos, Diego Reis, da Banda Lampiões e Maria Bonita, e César do Acordeon, da banda de Maciel Melo. É considerado o criador da primeira banda de forró do Brasil. Foi também o primeiro a colocar metais em banda de forró. Regeu a primeira orquestra sanfônica de forró de Caruaru. Ao longo da carreira, gravou cerca de 27 discos , entre 78 rpm, LPs e CDs. Em 2010, participou do 2º Festival Internacional da Sanfona, realizado nas cidades de Juazeiro na Bahia, e em Petrolina, em Pernambuco, ministrando uma oficina de sanfona de 120 baixos. É considerado um mestre da sanfona e referência da música do Nordeste.”  (Fonte: http://www.dicionariompb.com.br/mestre-camarao/dados-artisticos).  





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